Vejo as ditas belezas modernas pela tv e jornais, das coisas que julgam por nós, isso é belo e não devem questionar! Não! para mim não, ela não me comove nenhum pouco, não me causa brilho nos olhos, não me ofusca a visão, talvez ate cause um pequeno ofuscamento mas pelo excesso de coisa, excesso de penduricalhos, e formas que não me agradam. Não é simples, é exagerado, estamos na época da beleza exagera, que extrapola todo o conceito de simples.
Não sei exatamente o que é belo, só sei que esse conceito pra mim é totalmente diferente das concessões e concepções gerais, pra mim tudo é diferente, é como um passeio no Louvre e ver a mona lisa de perto e dizer: Como é belo! Belo? Coisa nenhuma! São séculos de imposição em achar que só a arte acadêmica ou dos grandes mestres da pintura, é que são belos. A arte por si só é a representação da beleza é nela que colocamos o que aprisionamos dentro de nós, na arte a beleza é livre, é a beleza enquadrada pela cultura e vista pelos olhos do artista, é a beleza que eu quero!
Na verdade a questão da beleza é tão velho quanto o próprio pensamento humano, a cada época se tem supostos “padrões de beleza” uns seguem cegamente e outros cagam pra padrões, mas eles existem são quase instituições sociais, são tão importantes quando organismos básicos do nosso ser social, ser bonito pra fulano, estão bonito pro cinema, ter uma roupa bonita pra balada! Eu nasci pelado e ainda arrumai uma mãe que me enfiou dentro de uma linda roupinha azul e me ensinou desde criança que azul é belo pros meninos e rosa é belo pras meninas, e depois ainda tem a crise do pensamento contemporâneo que diz que homem também fica lindo de rosa e camisa com florzinha, gente! É pra enlouquecer ou não é? Era melhor ter ficado pelado assim seria melhor!
E já não é primeira vez que eu ouço a seguinte frase “mas você se esconde, esconde sua beleza”, talvez eu não me esconda, talvez eu esconda a minha própria beleza, num ato de privá-la do canibalismo, tentando preservar o que há de belo nesse ser. Apesar de não me achar belo no conjunto, pernas muito grandes, os pés tadinhos nem se fala, castigados por uns anos de balé clássico, mas sim me acho belo nas partes, na simplicidade, me acho belo com pé no chão, nas horas de sono e preguiça. Na minha beleza simples, não na forma moldada e pré-fabricada. NÃO QUERO MAIS ESCREVER, CANSEI!